BEM VINDO AO SER-PARA-AÇÃO

GRUPO PARA MULHERES

O Ser-Para-Ação foi criado com o intuito de ajudar mulheres que estão, neste momento, vivendo término de relacionamento. Seja casamento, noivado ou namoro, as mulheres sofrem com o fim da relação. Neste grupo iremos abordar questões que causam sofrimento, de forma a elaborar esta dor. Temos também como objetivo trabalhar a autoestima e a autoconfiança para que possam pensar numa relação futura.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

EXISTE NAMORO DE CARNAVAL?



No carnaval rola muita paquera. Sempre tem alguém dando em cima da gente, e coisas mais sérias podem rolar. A questão é... Um caso de carnaval pode virar um relacionamento verdadeiro? É difícil, mas pode. Lembre-se. Quando se trata do coração, tudo é possível. Não dá pra ficar esperando um casamento de uma ficada no carnaval, mas porque não um namoro leve de verão? Pode ser muito legal, inclusive se não for tão sério. Pare de se cobrar. Viva a vida sem esperar muito dos outros e nunca passe dos seus próprios limites. Se você não gosta de dar intimidade pra quem você não conhece, não dê. Mas não fique séria demais. O equilíbrio é o segredo de viver bem.

PARTICIPE DO CARNAVAL www.obatuque.com.br

sábado, 28 de janeiro de 2012

CONTROLE E DEPENDÊNCIA

“Nossa experiência clínica tem mostrado que a pessoa com amor patológico presta cuidados ao parceiro, mas com o intuito de obter afeto, sem respeitar as necessidades e interesses do outro, muitas vezes com atitude crítica quando não recebe o esperado, contrariamente ao conceito de cooperatividade, que inclui ajuda desinteressada, tolerância e empatia social”, diz Eglacy.
O seu estudo mostrou que pessoas que sofrem de amor patológico também têm dificuldade de estipular metas e de se manter focado nelas.
“ Isso ocorre porque o foco principal de sua vida é manter o parceiro sob controle, porque necessita da sua atenção”, diz Eglacy. As principais estratégicas para controle são ligações telefônicas, seguir o parceiro, interrogar sobre as atividades dele, ser extremamente atencioso para com as necessidades dele e provocar ciúme.
Há quem diga que o medo é a essência desse amor. A pessoa foge da sensação de isolamento tornando-se parte de outra. Alguns estudos mostram que as reações químicas observadas no cérebro daqueles que vivenciam o amor patológico seriam muito parecidas àquelas encontradas em pessoas que sofrem de transtorno obsessivo-compulsivo, uma alteração de comportamento que faz com que a pessoa tenha pensamentos persistentes de medo e ansiedade.  Para aliviar o mal-estar, ela costuma realizar tarefas ou gestos repetitivos, como se desdobrar em cuidados dirigidos à pessoa amada.
A maioria dos pesquisadores, no entanto, defende que o amor patológico se assemelha à dependência por drogas ou álcool. A pessoa experimenta uma sensação de abstinência quando está longe da pessoa amada, gasta muito tempo e energia em cuidados, abandona atividades para cultivar esse amor, sua dedicação exagerada traz problema para a pessoa amada.
Fonte : Revista Psique

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

UM TERÇO DOS INTERNAUTAS JÁ TERMINOU NAMORO POR FACEBOOK, SMS OU E-MAIL



Levantamento da consultoria Lab42 ainda mostra que rede social também é muito usada para início de novos relacionamentos.

Cerca de um terço dos internautas já terminou um relacionamento por meio de mensagem de texto, e-mail ou facebook, aponta uma pesquisa feita pela consultoria de mercado Lab42 com aproximadamente 500 usuários de redes sociais acima dos 18 anos.
Mas a maior rede social do mundo, com mais de 800 milhões de usuários, também pode ajudar no início de novas relações. O facebook foi a segunda opção mais votada sobre qual seria a forma mais indicada para chamar alguém para um primeiro encontro. Felizmente, o bom e velho contato pessoal ficou em primeiro na categoria, com 40 % dos votos.
O site de Mark Zuckerberg também foi bem citado sobre que seria a melhor coisa a fazer após conhecer uma pessoa interessante. Quase 60% disseram que ficar amigo (a) dela no facebook é a melhor opção, enquanto que pesquisar em redes sociais ficou em segundo, com 29%. Aquela pesquisada “esperta” no Google aparece logo atrás, com 26 %.
O levantamento ainda aponta outras mudanças de comportamento com os novos tempos, em que a tecnologia está cada vez mais presente. Questionados sobre quanto tempo demoram para mudar seu status de relacionamento no facebook, 52% dos entrevistados disse “imediatamente”, enquanto que 38% também não esperariam para contar aos amigos em caso de um novo namoro.
Outra informação interessante é como as pessoas se comunicam com seus amados e amadas diariamente. Em primeiro lugar ficou a ligação para o celular, com 67%, quase empatada com o envio de SMS, que teve 65% das respostas. Com 45 %, as mensagens do facebook aparecem em terceiro, seguidas pelo ”antigo” e-mail, com 34%.

Fonte : IDG News Service / EUA

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ATÉ QUE O CASAMENTO OS SEPARE


Até que o casamento os separe
Publicada: 17/01/2012 00:25| 
Noemi Flores REPÓRTER

 "Até que a morte os separe”, a tradicional frase religiosa no momento de selar o matrimônio de um casal apaixonado, que antes de casar, tal a afinidade, os anos de namoro, não restaria nenhuma dúvida de que estas palavras eram a maior certeza de suas vidas. Mas, antes mesmo de um ano, lá vem a separação e surpresa para todos os familiares que estupefatos com a decisão afirmam: “Mas eles se davam tão bem, como pôde ocorrer isto?”.

Infelizmente as estatísticas de casamentos relâmpagos continuam aumentando entre pessoas que tiveram longo relacionamento de namoro e noivado, mas quando casam em menos de um ano acaba, o que é explicado pela psicóloga e mestre em família da Sociedade Contemporânea de Psicologia, Ana Rosa Castro Lima, como  o choque entre as idealizações e a vida concreta e prática do dia a dia.
A psicóloga disse que “nós estamos vivendo uma sociedade em que a expectativa das pessoas está virando imediatismo, a pressa de chegar a algum lugar, necessidade de preenchimento das mais diversas ordens, satisfação das suas necessidades e desejos mais imediatos”.
Com isto podem ocorrer escolhas precipitadas, conforme explica a especialista, “baseadas em ilusões em imagens idealizadas quando se vai para a vida concreta e prática  o sonho dourado do início acaba porque as pessoas se perceberam em situação de amor, só que com a falta de tolerância  vão se deparar com frustrações e aí acontece conflitos e desenlace”. 
Antes do casamento, mesmo com um namoro de longos anos, o casal ainda não mora no mesmo teto, então começa a idealizar a vida a dois, como Castro Lima destaca. “A partir daí tem aquele sonho de grandes festas, aquele `sonho dourado`, mas a intolerância entre os casais está levando ao desamor, a realidade prática nem sempre faz com que as pessoas permaneçam juntas”.
Para a psicóloga é importante que as pessoas procurem ajuda de um profissional para tentar superar estas dificuldades. “É tão precipitado o desenlace, por que as pessoas não procuram ajuda?. Apesar de ter um relacionamento de anos na hora que passam a viver juntos não conseguem enfrentar a realidade da vida”.
A especialista chama a atenção para quem casa porque vai ter um filho ou já programa logo após o casamento. Estes casais devem estar bem preparados para a maternidade e paternidade. “Na hora que vem o filho nem sempre sustenta a relação. É aquela história  que grande parte dos homens exige e não quer dividir as tarefas, pois ainda está naquele velho modelo, mesmo quando  a mulher que já divide as despesas com ele”, destacou.
Castro Lima fala que o ideal é que hoje em dia de sobrevivência de qualidade o homem deve compartilhar. E os casais devem ter consciência que terão um caminho a trilhar de direitos, deveres e lazer. Se compartilham tudo pode se equalizar e diminuir as separações.

Individualismo e coabitação 
A explicação destas separações com menos de um ano de casados, embora os cônjuges tenham passado por longos anos de namoro, é explicado pelo  antropólogo Alberto Albergaria, doutor pela Universidade de Paris III, com apenas uma palavra: convivência. “Quando está namorando não coabita, trata-se de uma relação mais solta, onde os laços amorosos não estrangulam as pessoas.

A coabitação faz a relação perder a aura de romantismo”.  Para o antropólogo o mundo de hoje é de cultuar o corpo e a casa é um espaço absoluto para a pessoa estar presente no seu corpo, então as pessoas passam a ter acesso à intimidade corporal do outro, o que muitos não conseguem suportar este cotidiano, principalmente a classe média alta, que não está acostumada a coabitar.

Por isto, ele chama atenção para uma realidade, a de poucas separações de casais pobres, o que ele explica como “ o pobre está mais acostumado a viver em ambientes com muita gente, por isto suporta mais a coabitação”, assegura.
Albergaria enfatiza que quando namora,  a pessoa praticamente se produz para a cara metade, havendo os bastidores da aparência que se complica quando passam a habitar no mesmo teto e se verem como são. “É como se fosse um confinamento, um big brother, pois nesta situação há um tipo de relação  extrema e estressante. O laço de convivência para algumas pessoas é sufocante”, argumenta.
O antropólogo disse que dados do IBGE dão conta que é muito comum as separações de um a dois anos de casados, chamada a crise das Bodas de Papel  (1 ano) e de Algodão (2 anos). Quando há o desenlace, para Albergaria se trata de pessoas que “têm uma vida autônoma, que dão importância à liberdade, quando casa se sente estrangulado”.
Na concepção do estudioso “o mundo é individualista  em primeiro lugar está o individuo, marcado pelo desejo cada vez mais de liberdade; em segundo o par amoroso, tentando adminstrar um sentimento de intimidade; e em terceiro lugar, a família, representando o ideal de estabilidade e de convivência “.
Ele explica ainda que a tendência contemporânea é de cada vez mais frequente acontecer separação no primeiro ano devido a estes fatores nomeados anteriormente. Já os valores antigos, do tempo dos nossos avós, a razão dos casamentos duradouros era porque em que em primeiro lugar vinha a família, em segundo o casal e em terceiro o indivíduo.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

FILHOS DIANTE DA SEPARAÇÃO DOS PAIS


 
 
Casamentos são uniões estáveis, em que duas pessoas, quando se amam verdadeiramente resolvem unir suas vidas para sempre. Porém os casamentos nem sempre são estas maravilhas, que muitos imaginam, pois se ver todo dia, conferir de perto como o outro realmente é, conhecer todos os defeitos, realmente não são tarefas nada fáceis de ser abstraídas, sendo assim nem todas as pessoas, se dão bem nos casamentos, e por estas razões brigam constantemente, e não conseguem se entender de maneira nenhuma. E por conta de tantos desentendimentos, brigas, e até discussões sérias é que vários casais, durante suas uniões nada estáveis, resolvem se separar. Pois em vários casamentos atuais, a separação infelizmente é o melhor remédio, para o casal. No entanto quem mais sofre, no período da separação dos pais, naturalmente são os filhos. Pois ver os pais se separando, realmente não é uma coisa nada boa, e que certamente traz algumas mágoas, aos filhos. E, geralmente, quando os pais se separam sempre ficam aqueles ressentimentos, e também algumas intrigas, por parte, tanto do homem, quanto da mulher, e estas mágoas atrapalham grandemente, o convívio com os filhos. Sem contar, que haverá uma “disputa”, para ver qual dos dois irá ficar, com os filhos, este também será outro grande conflito, que poderá surgir, depois da separação. E certamente, os filhos poderão acabar divididos, ou seja, ter que escolher com quem ficar, não é nada bom para a cabeça de nenhum filho, nem dos pais, e com toda certeza nenhum pai, muito menos mãe gosta de presenciar esta situação complicada. Mas se os pais, não puderam evitar a separação, o mais correto que eles façam é ter diálogo total, com seus filhos. Ou seja, a conversa no momento, em que os pais se separam é primordial, pois os pais necessitam transmitir atenção aos filhos, e tentar demonstrar a eles, que a separação está ocorrendo somente com o casal, e não a distância entre pais e filhos. Havendo conversas francas com os filhos, eles de modo óbvio irão entender perfeitamente, que a separação é um momento, que faz parte na vida de um casal.
Portanto quando os pais se separam, realmente os filhos ficam meio perdidos, porém quando se há amor, atenção, e muita conversa, por parte dos pais, para com seus filhos, eles encontrarão o caminho, e com isso poderão compreender, que a separação muitas vezes pode ser a solução, para as brigas de seus pais.

domingo, 8 de janeiro de 2012

O AMOR NÃO É FÁCIL




Uma pesquisa recente revelou que, depois da separação, homens e mulheres desimpedidos superam os primeiros dias de solidão e veem conflito entre amor e paixão,  sem saber se é melhor ser solteiro ou casado. As festas de fim de ano  estimulam ainda mais essa crise  existencial. Sem dúvida nenhuma, toda separação é uma ruptura e  ninguém se casa para assistir  ao final melancólico de uma relação a dois, construída com a expectativa de um amor eterno. Mas, quando se chega ao fim, passa-se a viver uma nova situação, experimentando os prazeres e as tristezas de ficar só.
Muitos, depois de experimentar as limitações impostas pelo casamento, chegam à conclusão que paixão nenhuma vale a liberdade reconquistada. Outros, que se aborreciam quando reclamavam por chegarem tarde em casa, agora sentem a falta desse freio de mão, sem ter alguém  para lhes chamar a atenção... Alguns garantem que a pior solidão é a que se vive quando o amor se acaba.  Tudo incomoda, desde a voz ao toque de pele. Por isso é fácil descobrir quando um casal está em crise, à beira de uma separação. Basta reparar, por exemplo, em qualquer restaurante, se os dois não conversam - a falta de diálogo é um indicador seguro  de que  em casa a coisa é insuportável. Mas, se teimam em acomodar a relação, estarão condenados a viver a mais amarga  solidão.
Como em qualquer processo de aprendizado, o homem deve estar constantemente alerta, atento, paciente, observador, confiante, compreensivo e não pode ser facilmente derrotado. Deve optar  em viver experiências que o avaliem constantemente e o tornem flexível. Afinal, as experiências através da total concentração no viver, oferecem o melhor local para se aprender amar. Mesmo o maior guru não pode lhe dar o amor. Só pode ajudá-lo, guiando-o, oferecendo compreensões, sugestões e estímulos. Ninguém aprenderá somente observando os outros viverem o amor. Só como um participante  ativo no amor.
O que se constata, hoje, é um momento de transformação e de mudança de posições. Até as pessoas podem experimentar livremente sua sensibilidade, independente das categorias tradicionalmente estabelecidas. A mulher  conquista posição que independe do gênero. Ela se posiciona como um sujeito integrado nas relações de força da sociedade contemporânea e, por isso mesmo, o universo de reflexão transgrediu  o limite tradicional da vida doméstica.
Mas não falta quem acredite que essa intolerância de um com o outro, encontrando  na porta de saída a melhor solução para uma relação de difícil convivência, só chegará ao fim quando cada um conseguir olhar para si mesmo e se compreender. Quando o indivíduo não conhece os seus próprios desejos, fica difícil  estabelecer uma parceria, já que ele desconhece uma das partes envolvidas no contrato. Uma pessoa pode até  conhecer muito bem a outra, mas se não se conhecer...
A opção de ficar só tem dois  componentes muito fortes - o amor e a paixão.  O psiquiatra José Ângelo Gairarsa antecipou o que está acontecendo: “O ser humano não sabe se apaixonar e muito menos amar. Somos péssimos amantes”. Ele garante que enquanto o homem não aprender a se tocar, não perder o medo de demonstrar o afeto através do carinho, as relações amorosas  continuarão pobres. Seja amando ou  se apaixonando, o homem é extremamente monótono.
Não falta quem veja tudo de outra forma - que o amor, como é entendido hoje, é coisa de Shakespeare, com aquele dramalhão cujo título é Romeu e Julieta. Mas os poetas românticos valorizaram ainda mais a ideia do amor platônico. Quanto mais impossível é a realização do amor, mais intenso se torna o sentimento. Mas o escritor Luiz Carlos Maciel faz uma  ressalva também: “O que as pessoas sentem vai muito além do que é capaz  de diagnosticar qualquer ciência. Não é possível tolher uma condição básica do ser humano, que é a liberdade de se emocionar”.    
Para Leo Buscaglia, o amor  responsável precisa de expressão, porque o amor é comunicação. Assim como o homem assume a responsabilidade de expressar sua alegria, da mesma forma é responsável em permitir que sua tristeza e sua solidão sejam conhecidas, mas, na verdade, quanto mais uma pessoa fica arrasada, parece que mais  constrói defesas, racionalizações e cria muros atrás dos quais possa reclamar. Ou seja, é incompreendida, não é amada, também maltratada e explorada. Ou seja, quanto mais compreensão amorosa parece precisar, mais foge  de qualquer possibilidade de recebê-la.
Na verdade,  o amor responsável é receptível e compreensivo porque o amor cresce em todas as direções, ou em qualquer relacionamento íntimo, por exemplo, é o processo de crescer de mãos-dadas, mas separadamente. Separadamente porque é impossível esperar que dois indivíduos, mesmo se amando, vão crescer da mesma forma e na mesma direção. Isto significa que talvez uma pessoa não compreenda ou aceite totalmente o crescimento do outro ou do  comportamento  resultante. Mas o amor nos ajuda a aceitar o fato de que o outro indivíduo está agindo apenas  da forma como é capaz de agir naquele momento. Pedi-lo para agir de outra forma é pedir o impossível.
Concluindo, em grande parte, o trabalho de lidar com o amor é deixado para os poetas, filósofos e homens santos. Os cientistas dão a impressão de evitar o assunto. Abraham Maslow afirmou o seguinte: “É surpreendente quão  pouco as ciências empíricas têm a oferecer sobre o amor. Particularmente estranho é o silêncio dos psicólogos. Algumas vezes, é apenas chato ou irritante, como no caso, livros textos de psicologia e sociologia, onde não se reconhece o assunto”.
Apesar de tudo, o amor continua lindo.
Brasília em Dia
Edição online

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

É NAMORO OU AMIZADE ?




Descubra se o seu relacionamento vai ou não ficar sério. Veja o que fazer para fisgar o moço

Edição: MdeMulher
Conteúdo do site Women's Health

Avalie e veja se o cara é legal e se você realmente se interessa por ele
 

Olhe para o casamento e os namoros da sua mãe. Fácil perceber que as regras mudaram. Difícil é definir um relacionamento. Ou ainda pior, o difícil é saber se você está em um relacionamento sério. "Muitas vezes, achamos que estamos namorando porque temos encontros frequentes, mas não é verdade", diz a terapeuta de casais Laila Pincelli, de São Paulo. "Mesmo quando se comporta como namorado, o homem pode não estar comprometido", concorda o psiquiatra Scott Haltzman, autor de Os Segredos das Mulheres Felizes no Casamento (Ed. Gente). Por quê? A lista de culpados: carreira, prioridades e até novas tecnologias!
Ah, a liberdade!
Não é uma surpresa: esse "vai não vai" também tem a ver com finanças e carreira. "Quanto mais autonomia se tem, maior dificuldade há para assumir um compromisso, pois ninguém quer abrir mão dela e se comprometer com regras", diz a terapeuta sexual Ana Canos. Você deve então estar se questionando: "Mas hoje em dia as mulheres também têm essa autonomia!" Verdade. O problema é que os homens chegaram lá antes e, na maioria das vezes, esse status cai melhor para eles. "Nós temos uma herança na história e fomos incentivadas a nos comprometer desde sempre", diz Ana. O resultado do conflito de interesses é a estranha situação de estar num caso que parece um relacionamento, mas não inclui a exclusividade e, muitas vezes, o respeito de um romance como nós imaginamos.
Casais em descompasso
Outro ponto é que nem sempre os dois sexos estão no mesmo momento. "No começo da carreira ou quando ainda está estudando, o homem normalmente quer ter alguém com ele para crescer. Já a mulher, no início da vida adulta, foca no trabalho e na liberdade. Depois, os papéis se invertem. Quando ela quer casar, ele já está financeiramente estável e não quer perder a liberdade que acabou de conquistar", acredita Mara Pusch, psicóloga especialista em sexualidade humana.
O fator facebook
As redes sociais também mexeram nas relações. Elas não só conectam as pessoas com paqueras em potencial como também com os do passado. Um estudo da Universidade Guelph, no Canadá, mostra que 80% das pessoas mantêm contato com ex-parceiros por esse tipo de site. "Se ele tem dez opções, por que ficar só com uma?", questiona Ana Canosa. E essa não é a única tecnologia que está no caminho: telefone e e-mails também podem dificultar. "O código de comunicação, que antigamente era claro, já não é mais. Antes, se um homem ligasse depois do encontro, era um sinal de que estava interessado. Hoje, os meios de comunicação não servem só para ajudar a firmar um compromisso, mas, inclusive, para tornar duas pessoas apenas amigas".
Como fisgar o namorado - ou não
Primeiro, avalie e veja se o cara é legal e se você realmente se interessa por ele. "As mulheres se jogam muito rápido. É preciso ter paciência e se abrir quando vale a pena", sugere Ana. A ideia é dar a você mesma o tempo que os homens costumam se dar. Mostrar-se sempre disponível também não ajuda. "Algumas erram a mão: ficar com um cara e no dia seguinte mandar uma mensagem não é legal", diz Laila. Depois que estiverem saindo com frequência e você quiser saber quais serão as regras da relação, seja clara. "Quando expõe o que deseja, você precisa estar aberta para escutar a regra alheia e a lidar com ela, avaliar se dá conta de estar com um homem que não quer compromisso, por exemplo", lembra Ana. Também não precisa ser assim. Ao se posicionar, você dará chance para que ele assuma o compromisso que talvez ele também queira.
 

AMORES IMPERFEITOS



A pessoa que você mais gosta é cheia de defeitos? Existe uma explicação.

Quantos dos seus amigos descrevem o parceiro (ou parceira) de uma forma estranhamente dúbia? A pessoa é o amor da vida dele e, ao mesmo, o ser que mais o incomoda. É uma reclamação tão corriqueira que começo a achar que estranha é a minoria que parece satisfeita com o que tem em casa. 
Tolerar os defeitos do companheiro e entender que, ao firmar uma parceria, compramos um pacote completo (com tudo o que há de agradável e desagradável) parece, cada vez mais, uma esquisita característica de uma subespécie em extinção.
O grupo majoritário parece ser o dos apaixonados intolerantes.
Há quem se dedique a tentar entendê-los. Li nesta semana uma reportagem interessante sobre isso. Foi publicada na revista Scientific American Mind. É baseada no livro Annoying: The Science of What Bugs Us (algo como Irritante: a ciência do que nos incomoda), dos jornalistas Joe Palca e Flora Lichtman.
Uma das pesquisadoras citadas é a socióloga Diane Felmlee, da Universidade da Califórnia. Ela conta a história de uma amiga que vivia reclamando que o marido trabalhava demais. Diane pediu que a mulher se lembrasse das qualidades que enxergava nele quando o conheceu na universidade. A resposta foi sensacional : “A primeira coisa que chamou minha atenção foi o fato de que ele era incrivelmente trabalhador. Logo percebi que se tornaria um dos melhores aluno da classe”.
Não é curioso? Por alguma razão, uma característica que é vista como uma qualidade no início do relacionamento se torna, com o passar do tempo, um defeito. Exemplos disso estão por toda parte. No início do namoro, o cara parece muito atraente porque é desencanado, tranquilão. Não perde a chance de passar o dia de bermuda e chinelo, ouvindo música e bebendo com a namorada e os amigos. Quatro anos depois passa a ser visto pela amada como um sujeito preguiçoso, acomodado, que não tem objetivos claros na vida e veio ao mundo a passeio. 
Em outra ocasião, a socióloga Diane perguntou a um garoto por que ele gostava da última namorada. A resposta foi uma lista de várias partes do corpo da moça – incluindo as mais íntimas. Quando a professora perguntou por que o relacionamento havia acabado, a justificativa foi: “Era uma relação baseada no desejo. Não havia amor suficiente”.Uma aluna disse que se sentiu atraída pelo ex porque ele tinha um incrível senso de humor. Algum tempo depois, passou a reclamar que “ele não levava nada a sério”.

Novamente, o que era qualidade virou defeito. Deve haver alguma explicação para isso. Nas últimas décadas, Diane vem realizando estudos com casais para tentar entender o fenômeno que ela chama de atrações fatais.Ela observou que quanto mais acentuada é a qualidade reconhecida pelo parceiro no início da relação, mais incômoda ela se torna ao longo dos anos. Até virar um traço insuportável.
Diane acredita que a explicação está relacionada à teoria da troca social.Essa teoria parte do pressuposto de que as relações humanas são baseadas na escolha racional e na análise de custo-benefício. Se os custos de um dos parceiros superam seus benefícios, a outra parte pode vir a abandonar a relação, especialmente se houver boas alternativas disponíveis. “Traços extremos trazem recompensas, mas também têm custos associados a eles, principalmente numa relação”.
Um exemplo é a independência. Ela pode ser muito valorizada numa relação. Um marido independente é capaz de cuidar de si próprio. Mas se ele for independente demais, pode significar que não precisa da mulher. Isso acarreta custos para a relação.
A receita para evitar que as relações naufraguem é a boa e (cada vez mais) escassa tolerância. É preciso aprender a relativizar os hábitos irritantes para continuar convivendo com uma pessoa que tem muitas outras qualidades.
Ninguém é totalmente desprovido de qualidades e defeitos. Temos os nossos, aprendemos com eles e com os deles. Além de tolerância, precisamos exercitar a capacidade de apoiar o parceiro quando as coisas vão mal e de celebrar quando ele tem alguma razão para isso. Inventar programas novos e interessantes (zelar para que isso aconteça com frequência) pode realçar as qualidades de quem você gosta e amenizar as características e manias irritantes. Irritante por irritante somos todos. Mas também podemos ser incrivelmente interessantes. 

Texto de Cristiane Segatto - Repórter especial, faz parte da equipe de ÉPOCA desde o lançamento da revista, em 1998. Escreve sobre medicina há 15 anos e ganhou mais de 10 prêmios nacionais de jornalismo.