Certo dia, uma amiga estava reclamando do namorado dela. Ela não sabia se o amava mais. As coisas não eram mais como antes e a dúvida era: terminar ou não? Até aí, tudo bem. Esses desabafos pré-término estão superinclusos no pacote amigos. Mas aí ela soltou a seguinte frase: “Se eu não tivesse ido àquele churrasco, eu nunca teria conhecido meu namorado e não estaria nessa situação agora". Acabou que desencanamos de falar sobre o namoro dela e passamos a discutir sobre esse "se". Sou contra divagações do tipo: “E se eu não tivesse saído aquele dia?”. Bem, às vezes a gente se pergunta esse tipo de coisa mesmo. Mas por três segundos e pronto. O problema é entrar nesse tipo de pergunta e não sair mais.
Uma vez que você toma uma decisão ou tomam por você, no caso de terminarem a relação com você, por exemplo, sua vida passa a seguir aquele rumo. Uma versão sua, vivendo naquela outra direção, em que o namoro continua, por exemplo, não existe.
Na verdade, você nunca saberia o que teria acontecido se não tivesse ido àquele churrasco. Você só conhece a sua vida como ela é, com as decisões que você tomou por você. Podemos ficar tentadas a falar coisas como "eu seria muito mais feliz, hoje, se tivesse namorado o outro que minha família tanto queria". Mas o caso é que simplesmente não tem como saber se isso é verdade. Se não tem como saber, para que especular a respeito? As pessoas costumam imaginar situações hipotéticas, como diálogos que não aconteceram, situações que não ocorreram. O problema é ficar remoendo situações passadas, em vez de tentar agir no presente. Culpar atos seus que não podem mais ser alterados, não adiantará em nada.
Sabe aquela situação em que perguntamos por que sai de casa? Não pense nisso. Você saiu e pronto. Não adianta pensar o que poderia acontecer "se..." A alternativa é tentar pensar no aqui e agora. Aprender com os erros, buscar amadurecimento e novas oportunidades.
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