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GRUPO PARA MULHERES

O Ser-Para-Ação foi criado com o intuito de ajudar mulheres que estão, neste momento, vivendo término de relacionamento. Seja casamento, noivado ou namoro, as mulheres sofrem com o fim da relação. Neste grupo iremos abordar questões que causam sofrimento, de forma a elaborar esta dor. Temos também como objetivo trabalhar a autoestima e a autoconfiança para que possam pensar numa relação futura.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Relacionamentos Conturbados: Misoginia



por Rita Maria Brudniewski 


Muitas pessoas possuem relacionamentos conturbados e não sabem o porquê, causando uma profunda infelicidade nos parceiros. Pessoas que no passado tinham sido bem sucedidos profissionalmente, mas através da opressão psicológica tornaram suas vidas insuportáveis. 

Se você tem um relacionamento em que:
• Seu parceiro assume o direito de controlar sua vida;
• Você renunciou a atividades ou a pessoas importantes em sua vida;
• Ele menospreza suas opiniões, sentimentos e realizações;
• Ele grita, ameaça ou se retira para um silêncio furioso, quando você o desagrada;
• Você “pisa em ovos”, ensaiando o que dirá a fim de não irritá-lo;
• Ele a deixa atordoada ao passar do charme para a raiva de forma inesperada;
• Você se sente frequentemente confusa, inadequada ou desequilibrada com ele;
• Ele é extremamente possessivo e ciumento;
• Ele a culpa por tudo o que está de errado no relacionamento;
Se acontecer várias dessas situações em seu relacionamento, de acordo com a Dra. Susan Forward, você está envolvida com um MISÓGINO.

"Misógino é uma palavra grega utilizada como referência a quem odeia mulheres: miso (odiar) e gyne (mulher)." (1);

Esses homens são encantadores e amorosos, mas também capazes de assumir um comportamento cruel, crítico e insultuoso, de um momento para o outro; seu comportamento estende-se da intimidação, ameaça óbvia a ataques mais sutis e disfarçados, sob a forma de constantes afrontas ou críticas erosivas. Esse homem assume o controle ao esmagar a mulher. E se recusa a assumir qualquer responsabilidade pela maneira como seus ataques faziam a parceira se sentir, em vez disso culpa-a por todo e qualquer incidente desagradável.

O que acontece quando se está num relacionamento conturbado como esse:
• Perdas drásticas do amor-próprio;
• Sintomas adicionais psicossomáticos;
• Problemas com álcool e drogas;
• Problemas com a alimentação;
• Problemas do sono;
• Depressão;
• Síndrome do Pânico;
• Isolamento.

Eles parecem amar intensamente, com relacionamentos duradouros, com uma necessidade brutal de CONTROLAR mais do que necessitavam ser admirados, como os narcísicos.
Eles podem ser responsáveis e competentes em suas relações com a sociedade; seu comportamento destrutivo não é generalizado, como acontece no sociopata. Esse comportamento destrutivo é dirigido exclusivamente à parceira.
Ele usa as palavras e as variações do temperamento como armas, esgotando a mulher com golpes psicológicos, que são devastadores em termos emocionais.
O misógino é filho de uma relação conturbada onde aprendeu, observando seus pais, que a única maneira de controlar a mulher é oprimindo-a. Ao lado disso, ele pode ter sentido que sua mãe não poderia existir sem ele, já que seu pai a maltratava; ou ainda, ele pode ter tido uma mãe que o oprimiu ou rejeitou, ao lado de um pai passivo.
Qualquer que tenha sido sua história, o misógino está na fase adulta “atuando” a sua dor de “criança” ferida, buscando desesperadamente ser amado ainda que de uma forma equivocada (1).

A Dra. Susan Forward e Joan Torres escreveram um livro intitulado “Os homens que odeiam suas mulheres e as mulheres que os amam. Quando amar é sofrer e você não sabe por quê”. Eles se sentiram comovidas com as mulheres que escreveram e contaram suas histórias. Elas precisavam serem tranqüilizadas de que o que sentiam em seus relacionamentos não era “loucura.”

Para mudarmos um relacionamento precisamos compreendê-lo e mudarmos nossa forma de pensar e agir. Recomendo esse livro a todas as mulheres que estão se relacionando com um misógino, para que os dois possam, conscientes de seus transtornos, procurar ajuda de um especialista.

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